Maria ficou viúva e os credores levaram a vida de luxo e abastança em que viviam no Rio de Janeiro. E ela e as 4 filhas, educadas para viver na cidade, têm que se mudar para a fazenda que restou para a família, lá na serra, no interior bravo. Passam então a viver em um velho casarão com ares de convento, onde a música que se escuta à noite é a da orquestra do coaxar dos sapos. As horas são de lenta monotonia e tédio, nesse exílio longe dos amigos e das festas. O único alento vem das cartas de uma amiga, recém voltada da Europa, encantada com o Brasil. Uma amiga que as faz ver que onde vivem não é o fim do mundo, mas um lugar onde as águas cantam, as revoadas e cantos de aves enchem os ares e a terra, uma vez trabalhada, é fértil e generosa. E estas cartas, verdadeiras aulas de bem viver, produzem um resultado surpreendente sobre o espírito indomável das cinco mulheres. Ali está o segredo de como transformar grotões incultos em lugares aprazíveis. Leitura deliciosa para quem quer cultivar rosas, violetas ou batatas; ou ainda criar galinhas, fazer estradas ou abrir caminhos para encontrar objetivo na vida. - Resumo por Rachel Moraes